Psicóloga - CRP - 18 9601- MT
Psicanalista membro do Corpo Freudiano desde 2015.
Linguista - Mestrado em Análise do Discurso.

Palavra em Análise
​ Escuta, acolhimento e tratamento via psicanálise.

"As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se não tomo cuidado será tarde demais: as coisas serão ditas sem eu as ter dito." (Clarice Lispector. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016. Nota: Trecho do conto Os desastres de Sofia.)
​
As palavras não pertencem inteiramente à consciência de quem as pronuncia. Elas antecedem, atravessam e, muitas vezes, conduzem sem que se tenha plena consciência de seu percurso. No campo da psicanálise, essa premissa se faz ainda mais evidente: não falamos apenas, somos falados também pelo inconsciente.
O inconsciente se manifesta nas frestas do discurso, nos lapsos, nos equívocos e nas repetições involuntárias, revelando aquilo que escapa ao domínio do sujeito.
​
Há algo que se impõe, que trai e que se reinscreve, revelando um enredamento em um discurso, ações, silêncios, repetições que estão para além do "eu".
​
A psicanálise ensina que essa estranheza diante da própria linguagem não é um erro, mas um caminho. Se há um "demasiado tarde", há também a possibilidade de um novo dizer, de um sentido que se constrói na escuta e na travessia.
65 98115 4402
Tratamento
O tratamento psicanalítico se estrutura a partir da palavra, do discurso e da escuta. Como destacou Freud, a psicanálise não opera por meio de conselhos ou prescrições, mas sim pela possibilidade de o sujeito falar livremente, permitindo que os significantes inconscientes se manifestem e que, na relação com o analista, algo de sua história possa ser elaborado.
​
A condução do tratamento se dá pela técnica da associação livre, na qual o paciente é convidado a falar sem censura, e pela escuta analítica, que não busca impor interpretações, mas sim permitir que o sujeito encontre, em sua própria fala, as marcas de seu desejo e a possibilidade de ressignificação de seus impasses.
​
Além disso, o percurso analítico envolve um trabalho com a repetição, pois, como aponta Freud, muitas vezes o sujeito não se recorda do que foi recalcado, mas o repete, seja em seus sintomas, em suas relações ou em sua forma de estar no mundo. O tratamento permite que essa repetição possa ser reconhecida, nomeada e, progressivamente, transformada, se for o caso.
​
"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!”
(Sigmund Freud).

